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Mostrando postagens de agosto, 2015

Em seu segundo romance, George dos Santos Pacheco narra a impossibilidade de sair ileso a qualquer relacionamento

Max de Castro é um funcionário público insatisfeito com trabalho e com problemas no casamento. Após uma crise de estresse em pleno expediente, incentivado por um psicanalista em um programa de entrevistas, escreve uma carta confessional, que deve ser escondida e destruída em 24 horas, mas a mesma desaparece, antes que ele pudesse fazê-lo. Este é o mote de “Uma Aventura Perigosa” , segundo romance do friburguense George dos Santos Pacheco. Seus primeiros trabalhos foram o conto “ Um Anjo Redentor ”, na coletânea “ Assassinos S/A Vol. II ”,e o romance “ O fantasma do Mare Dei ”, ambos pela Editora Multifoco, em 2010. George escreve para diversos sites e revistas digitais, sempre com o mesmo estilo, mas em “Uma Aventura Perigosa” ele muda o tom. Seu segundo livro é um romance erótico, desenhado da forma mais clara possível, e trata das relações amorosas, sem travas, sem meio-termos. Com o sumiço da carta, começa o inferno de Max: angustiado pela possibilidade de seus maiores segredos sere...

Clássicos da Literatura: A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das ú...